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Sobre mim

Eu e minha história no canto

Como eu menciono no início do site, eu sou graduado em Musicoterapia pela UFG (2006), mas estudo música desde os meus 11 anos de idade.

Meu nome é Fabrício Brito, nasci e fui criado em Goiânia. Na verdade vivi em Goiânia até a idade adulta.

Desde criança havia dentro de mim uma paixão pela música. Gostava de cantar e ouvir os discos de vinis de música clássica. 

Aos 6 anos de idade minha tia me levou a uma igreja evangélica. Foi ali o meu primeiro contato com uma banda de música. Até então nunca tinha visto de perto alguém tocar um piano, guitarra, contrabaixo, violão, órgão e bateria. Tudo era incrível.

Depois que a banda tocava o coral era convidado para fazer uma apresentação com acompanhamento da pianista.

Não demorou muito e logo descobri os dias de ensaio do coral e da banda. E aos 8 anos eu não perdia nenhum ensaio do coral às sextas-feira. 

Como eu era de uma família de situação financeira muito precária, naquele momento estudar música era algo muito longe da minha realidade. 

Os anos se passaram e quando já estava com quase 11 anos meu pai comprou um teclado para ele. Tentou aprender, mas não conseguiu então pra não perder o dinheiro investido a chance de ter aulas de música passou para mim.

Minha mãe e minha avó decidiram investir em aulas de música para mim.

Não demorou muito e eu já estava me destacando nas aulas, mas novamente o dinheiro acabou. 

Como o primeiro passo já havia sido dado (conhecer o instrumento e as notas musicais) decidi encarar o desafio de estudar sozinho. 

Não trabalhava ainda então aproveitava parte do dia para ir à igreja e estudar no piano.

Um ano depois eu estava tocando no grupo de música da igreja.

Numa conversa com os amigos descobri que havia uma escola de música gratuíta. Era o Conservatório de Música da cidade de Goiânia. Um projeto que fazia parte da Universidade Federal de Goiás.

Para entrar no Conservatório de Música era necessário passar por uma prova de música que envolvia Teoria Musical, Solfejo, Ditado Rítmico e Ditado Melódico. 

Para garotos na minha idade a prova era para o 1º ano de leitura e o preparo exigia de 1 a 2 anos de aulas particulares.

Peguei toda a programação e comecei a estudar e o desafio estava em solfejar as partituras.

Aqui começa minha saga no canto.

Eu estava na mudança de voz. Era muito estranho eu abrir a boca para falar, pior ainda seria cantar. Quando eu falava era uma mistura de voz “fanhosa” com voz de menino e de adulto. 

Minha voz que era muito aguda simplesmente recusava ser ela mesma. Quando abria a boca parecia a grasna de um pato misturado com voz humana. 

Nessa época a situação estava tão séria que minha avó até colocou meu nome no grupo de oração das mulheres.

Realmente a situação era feia. 

Novamente minha avó decidiu ajudar meus pais a pagar para mim algumas aulas de canto para aprender a solfejar.

O professor era excelente; um poço de paciência. Indicado por muitos como o melhor da cidade, tanto que ele fazia parte do grupo de professores do curso superior de música.

Vou ser honesto com você. O homem tentou de tudo para melhorar minha voz. Fazia desenhos no quadro, tocava o piano, o violão, mudava a voz e durante 2 meses o que ele conseguiu foi fazer eu cantar 6 notas (dó à lá).

No final ele chegou a conclusão que eu devia fazer outra coisa. Ficar apenas no instrumento e esquecer o canto.

Saí da aula revoltado com ele. Quem era ele para decidir se devo ou não ser músico?

Na minha mente eu tinha certeza que ele era um péssimo professor. Era igual a primeira professora de órgão que disse que eu não tinha talento (essa é outra história que conto depois).

Então decidi fazer como antes: estudar sozinho.

Foram 3 meses de muito estudo onde minha meta era conseguir cantar a escala de dó maior inteira. Partindo do lá grave até o ré agudo. 

Para encurtar a história fiz o teste.

Passei com notas boas no Ditado melódico, na teoria e no ditado rítmico. No solfejo consegui tirar uma nota bem abaixo da média, mas somado as outras notas deu para alcançar a média de aprovação. 

O melhor dessa somatória era que eu não poderia “zerar” no solfejo. Não me lembro exatamente a nota que tirei, mas foi em torno de 3 pontos numa escala de 0-10. Pelo menos não zerei e entrei no conservatório.

Cantar sempre foi um desafio na minha formação musical, mas a voz se firmou. Com certeza as orações fizeram efeito.

Estudei música por toda minha adolescência e aos 18 anos o desafio de ensinar músicas e ajudar outros a cantar fez de mim um excelente professor e aperfeiçoou ainda mais o dom musical.

Saber que saí da lista dos piores alunos de música para o primeiro aluno do conservatório e posteriormente um dos melhores alunos da faculdade de música me ensinou a ver que qualquer pessoa que deseje muito aprender música vai conseguir.

Sempre que encontro um aluno ou aluna que tem muita dificuldade em perceber as notas musicais e cantar afinado(a) eu lembro de mim e isso me ajuda a procurar meios de resolver esse problema.

Foi essa conduta que fez de mim um bom professor e o maior prêmio da minha vida foi ver pessoas felizes e agradecidas por ter encontrado alguém que acreditava no talento delas.

O que posso dizer a você é que somos como sementes. Alguns tem a casca mais fina do que outros, mas todos temos um vida dentro de nós para ser liberada.

Algumas sementes demoram mais para brotar, mas se receber o adubo certo, água e uma boa terra, SEM DÚVIDA ALGUMA ela irá brotar.

Pense nisso e não desista.

Se eu consegui você também conseguirá.

Sucesso e bons estudos.

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